SESSÃO PLENÁRIA DE ENCERRAMENTO - 30 Julho

GUSTAVO LINS RIBEIRO

Universidad Autónoma Metropolitana- Lerma, México

GLR 2017

Gustavo Lins Ribeiro – Professor Catedrático do Departamento de Estudos Culturais da Universidade Autónoma Metropolitana–Lerma (México); Investigador Nível 3 do Sistema Nacional de Investigação (CONACYT-México). Doutoramento (Ph.D.) em Antropologia pela City University of New York (1988). Professor emérito da Universidade de Brasília (Brasil). Foi membro do Conselho Consultivo da Wenner-Gren Foundation for Anthropological Research (New York), presidente da Associação Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em Ciências Sociais (2012-2014-Brasil) e da Associação Brasileira de Antropologia (2002-2004). Foi o primeiro presidente do World Council of Anthropological Associations (WCAA), da Comissão de Antropologias Mundiais da American Anthropological Association (AAA), vice-presidente da International Union of Anthropological and Ethnological Sciences (IUAES) (2009-2018), e é membro honorário. Escreveu e compilou 23 livros (incluíndo traduções) publicados em Argentina, Brasil, Camarões, China, Colômbia, Espanha, Estados Unidos, Inglaterra, México. Os seus últimos livros são “La Globalización desde Abajo. La otra economía mundial” (Cidade de México, Fondo de Cultura Económica, 2015, compilado con Carlos Alba Vega e Gordon Mathews) e “Otras Globalizaciones” (Cidade de México: Gedisa/UAM-I/L, 2018). Publicou mais de 170 artigos/capítulos em português, espanhol, inglês, japonês, francês, alemão e italiano, em 22 países de todos os continentes, sobre globalização, transnacionalismo, internet, desenvolvimento e antropologia mundiais. Membro de comissões editoriais de mais de 20 revistas em Améria Latina, Europa, Canadá, EUA e China.

 

 

 

Diversidade de fluxos antropológicos internacionais.

 A influência de uma antropologia latino-americana.

Gustavo Lins Ribeiro

Universidade Autónoma Metropolitana-Lerma

Acredita-se frequentemente que apenas as antropologias históricas e hegemónicas, provenientes de França, Inglaterra e dos Estados Unidos, conseguem exercer influência internacional. Nesta conferência irei explorar a experiência mexicana para discutir outras possibilidades de intercâmbio, de estabelecimentos de redes e de fertilização cruzada no âmbito do sistema global de produção antropológica.

A inserção da antropologia mexicana no mundo é altamente complexa. Desde o século XVI, as populações nativas do México têm constituído uma fonte para a elaboração de conhecimentos antropológicos. Depois da institucionalização da disciplina antropológica no final do século XIX e início do século XX, as redes internacionais de antropologia feitas no México foram estabelecidas e expandidas. Neste documento, considerarei algumas dinâmicas centrais na constituição dos fluxos e trocas de conhecimentos e práticas antropológicas do México. Para além do intercâmbio entre antropólogos mexicanos e outros de diferentes nacionalidades, irei considerar o período de influência mais notório da antropologia mexicana (o da força plena da vigência do Indigenismo). Vou igualmente explorar a importância de vários exilados políticos ao longo do século XX. O primeiro, talvez o maior, foi constituído pela chegada de refugiados que escaparam ao fim da Guerra Civil Espanhola em 1939. Um segundo fluxo importante é o dos alemães que fugiram da ascensão do nazismo. Finalmente, há o exílio argentino no México que começou após o violento golpe militar de 1976.

A minha intenção é traçar caminhos empíricos e conceptuais que, espero, possam servir de inspiração para outros investigadores interessados em mostrar que, mesmo num universo caracterizado por uma hegemonia anglo-saxónica, é possível delinear a diversidade dos fluxos académicos globais.


 

 

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